Acabaram com a hierarquia e a disciplina na Polícia Militar, essa é mensagem dada com a troca de comando

Não foi apenas uma troca de comando numa corporação militar.

Foi algo bem mais grave.

Quando cedeu à pressão das associações de militares para demitir o coronel Mário Cézar Freitas do comando da Polícia Militar e o subcomandante José Messias, o governador Gladson Cameli feriu de morte a um dos principais esteios dos quartéis: a hierarquia.

A decisão terá sérias repercussões no futuro e atingirá a segurança e a tomada de decisão do novo comandante.

O comandante que irá assumir, o coronel Ezequiel Bino, entra sabendo que não pode nem sonhar em querer acabar com privilégios, em peitar os representantes das entidades.

Essas entidades são braços políticos do vice-governador Wherles Rocha dentro da corporação.

Saíram fortalecidas porque, pela primeira vez na história, conseguiram derrubar um comandante.

A vitória se deu pela fraqueza de um governador que ignora o fato de a vida militar ter as suas regras próprias.

São essas regras que fortalecem a instituição.

Vivemos um tempo de um governo sem foco nas ações e órfão de estratégicas.

Para militares consultados pelo Portal do Rosas, o culpado por tudo o que está acontecendo tem nome e sobrenome: o vice-governador Wherles Rocha.

O major vice conseguiu, na avaliação dos entrevistados, acabar com a hierarquia e a disciplina de uma “instituição séria como a Polícia Militar”.

Ainda de acordo com os militares, a partir da decisão de Cameli, o comandante terá que perguntar às associações de militares se pode ou não tomar atitudes mais firmes.

“Quem fim triste está tendo a nossa instituição”, lamentou um dos militares.

A Polícia Militar completa 103 anos de existência no próximo dia 25. Pelo caos que se instalou na Segurança Pública, não terá muito pouco a comemorar.

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