Dentre as candidatos com chance de disputar ao governo e que estão colocados no tabuleiro da sucessão no Acre, três se identificam com o bolsonarismo.
No Congresso Nacional, o senador Sérgio Petecão (PSD) e a deputada federal Mara Rocha (MDB) sempre votaram com o governo.
Aqui no Acre, o governador Gladson Cameli (Progressistas) declarou que é Jair Bolsonaro (PL) mesmo que o presidente não queira.
Nas eleições de 2018, os três, de certa forma, surfaram na onda conservadora que conseguiu eleger muita gente com um discurso moralista, que se foi logo embora como espuma ao vento.
Todos estavam no mesmo palanque há quatro anos.
Sem projeto para o Acre, se uniram para derrotar o PT.
E conseguiram.
Hoje, sem um adversário que os unam, cada um está para o seu lado, destilando críticas ferozes uns contra os outros.
Mas há algo que ainda lhe dão uma característica de unidade: o bolsonarismo.
O Acre foi, nas eleições de 2018, o estado que deu o maior percentual de votos a Jair Bolsonaro.
Em queda na preferência dos eleitores nas eleições deste ano pelo Basil a fora, Bolsonaro ainda goza de prestígio com boa parte dos acreanos.
E é nesse prestígio que os candidatos de direita tentam surfar, só que não está sendo fácil.
Até agora – as pesquisas apontam nesse rumo -, nem um dos três é identificado como bolsonarista raiz, daqueles que são capazes de ir ao extremo para fazer defesa de coisas que atentem contra o bom senso.
Há bolsonaristas convictos que se identificam muito mais com as candidaturas do socialista Jenilson Leite e do petista Jorge Viana do que com Petecão, Gladson ou Mara.
Esse é o Acre…
A campanha oficial vai começar em agosto.
Não há muito tempo para fortalecer essa convicção.
Este ano, Bolsonaro terá que enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas até aqui realizada.
A conjuntura posta é bem diferente da de 2018 e isso pode fazer muita diferença nas urnas.