Com 40 anos como servidor público, Gerente-Executivo do INSS no Acre relembra trajetória profissional

Há quarenta anos, o jovem professor de matemática da rede estadual de ensino Carlos José de Sousa subiu os degraus que lhe levaram ao quarto andar do prédio onde funcionava o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS).

Cheio de sonhos e expectativas, o jovem fora se apresentar na Divisão de Recursos Humanos do órgão, pois havia sido aprovado em concurso público no ano anterior, em 1981.

“Cheguei nervoso. Eu não tinha a menor noção do que era o serviço público”, relembra.

Daquele dia 2 de agosto de 1982 aos dias atuais, Carlos José construiu uma longa carreira de servidor público.

Acompanhou muitas transformações ao longo do tempo, tanto no ponto de vista tecnológico quanto no estrutural.

“Fui lotado na Procuradoria Regional, em trinta dias me nomearam para exercer a função de secretário administrativo”, comenta.

Ao longo dessas quatro décadas servindo à sociedade, ele exerceu as mais variadas funções de chefia, viu o IAPAS se fundido com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e a Delegacia Regional do Trabalho, em 1990, nascendo ali o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Carlos José é um servidor que não carrega um registro desabonador na sua vida funcional. Muito pelo contrário, carrega um currículo minuciosamente detalhado, fruto do seu jeito meticuloso e organizado de agir.

Em 1997, o servidor chegou ao seu ápice funcional. Foi nomeado e empossado no cargo de Superintende Estadual do INSS.

“Naquele dia eu segui a orientação do meu pai. Cumprimentei uma a uma as pessoas que estavam presentes. O meu pai disse: ‘Faça isso, porque serão essas mãos que irão lhe amparar, caso você caia’. Felizmente não cai”, destaca.

José Gomes de Sousa era o nome do pai de Carlos José. O genitor também era primo legítimo do grande músico brasileiro João Donato. Em 2004, o servidor doou um dos seus rins ao genitor, que veio a falecer dias depois.

“Ele foi a minha inspiração de vida. Se precisasse, eu doaria novamente. Na realidade, não doei, e sim, devolvi uns dos dois que ele me deu”, diz.

Sousa foi o último Superintendente Estadual e o primeiro Gerente Executivo do INSS no Acre.

Exonerado do cargo após a extinção da Superintendência, Carlos José se submeteu a um processo seletivo para Gerente Executivo, ficando na primeira colocação.

“Exerci um primeiro mandato a partir de 1999. Em 2002, fui reconduzido para uma segunda investidura, ficando até 2003”, salienta.

Carlos José de Sousa passou 16 anos no exercício de outras funções, chegando a gerênciar a APS Rio Branco – Centro. Até que, em novembro de 2019, foi nomeado novamente para a função de Gerente Executivo.

Agora, com quatro décadas na ativa, ele se prepara para voltar ao lar.

Garante que fará uma transição tranquila, para que o seu substituto encontre as condições ideais.

“Não quero parar. Vou continuar trabalhando noutra trincheira. Além disso, quero me dedicar à missão pastoral na minha igreja”, revela.

Perguntando se valeu a pena, Carlos José, que é pai de seis filhos e tem netos, respondeu: “É claro que valeu. Aqui me realizei profissionalmente, criei e eduquei os meus filhos. Posso sai do INSS no dia a dia, mas o INSS nunca sairá de mim”.

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