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Sempre digo que a gente, há quase seis anos, vive no mundo da fantasia.
Aqui nessa república de Galvez, o governador é réu no STJ por cinco crimes de corrupção, mas vive como tudo fosse normal.
O chefe do Executivo é acusado, com robustas provas, de ser chefe de uma organização criminosa.
Mas o reino da fantasia finge normalidade nos absurdos.
Já pensou uma coisa dessa?
Esperei a divulgação dos resultados da tal Expoacre para falar sobre a gravidade econômica do nosso Estado.
É claro que falaram que foi um sucesso, que gerou quase quatrocentos milhões de reais em negócios.
Mas vamos falar a verdade.
Isso é uma mixaria em termos econômicos.
Não é suficiente para pagar dois meses de salário dos servidores públicos.
Mais de 70% desse aparente sucesso são possibilidades de financiamentos bancários.
A maioria dos negócios não se viabiliza na prática.
Para configurar o fracaso na prática, cito temas relacionados ao setor agropecuário.
Houve uma queda de 74,4% no faturamento do leilões.
Colocaram no espaço destinado a leilões o jogo de poker.
O setor de produtos agropecuário foi responsável apenas 4,1% dos negócios.
É pouco, muito pouco.
Ou seria poker?
Carro-chefe em toda economia, o setor de comércio e serviço despencou 33,5%.
Eu poderia citar vários exemplos do fracassos retumbante.
Mas e imprensa bem paga prefere confirmar a mentira oficial.
No mundo real, longe do reino da fantasia, as finanças do Acre estão ruins, extremamente ruins.
Qualquer governante sério estaria preocupado.
É bom a população começar a ficar preocupada também.
Eu tive acesso a um relatório da Secretaria do Tesouro Nacional, STN, que aponta aquilo que o governo não diz e nem a imprensa acreana procura saber.
Como uma imprensa amordaçada por vinte milhões de reais iria abrir a boca?
É querer demais.
Vamos aos dados preocupantes da STN.
Segundo o relatório, o Acre tem um bom nível de endividamento, de 39%, quando o limite é de 200% da receita corrente líquida.
Parece bom, não é?
Mas vamos em frente.
Se tem um bom nível de endividamento, o indicador de poupança do Acre está quase equilibrado, de 92%.
Isso significa que as despesas estão quase batendo com as receitas, principalmente o gasto com pessoal, que vem sendo estourado trimestre a trimestre.
Vamos ao mais complicado.
A liquidez é a pior, porque o que o governo conseguiu economizar ao longo dos anos, por meio das receitas extraordinárias, está se exaurindo.
A despesa com a previdência só aumenta, preocupa e agrava, fazendo com que a capacidade de pagamento de financiamento fique comprometida. Chegando à nota C.
Gente , o Acre nunca esteve com nota C nos últimos 20 anos.
Ah, mas o que isso significa, você pergunta.
Entre outra implicações, o estado não pode contrata operações de crédito porque extrapolou o Caixa.
Resumindo:
O Acre tem limite para pedir dinheiro emprestado, mas ninguém vai emprestar porque o Estado corre o risco de não poder pagar.
Nesse caso não há dinheiro e nem gestão.
Chegou a informação de alguém do comitê gestor do desgoverno do Dançarino que existe um déficit financeiro beirando os 200 milhões reais, que está impossibilitando de pagar os terceirizados, serviços gerais, fornecimento de materiais, obras, etc.
Estamos ladeira abaixo, com o pé no acelerador.
A única ordem é não atrasar o pagamento dos servidores, o resto que se exploda.
No desespero, segundo Pipira bem informada, estão tentando “vender” a dívida pública para um banco estrangeiro para diminuir valor de parcelas.
O desespero não é bom conselheiro.
Mas tudo bem, no reino da fantasia, o governador réu já está pensando na próxima festa.
Só digo que esse “C” aqui atrás não é de cavalgada e nem de Cameli.
Pode ser de caos.
Felizmente a STN não tem a letra “D”de Dançarino.
Fui.
Vida que segue.
Um forte abraço e um cheiro do Rosas.