A direção do Partido dos Trabalhadores do Acre divulgou nesta terça-feira, 22 de outubro, uma nota oficial sobre o julgamento do governador Gladson Cameli (PP), que ocorrerá na próxima sexta-feira, 25 de outubro, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Cameli é réu em um processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF), acusado de crimes graves, incluindo formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, dispensa indevida de licitação, e corrupção ativa e passiva.
Segundo o PT, trata-se do maior escândalo de corrupção da história do Acre, com a oitiva desta sexta-feira sendo parte de um dos nove inquéritos originados pela Operação Ptolomeu. Deflagrada em dezembro de 2021 pela Polícia Federal (PF), a operação investigou diretamente o governador, além de membros de sua equipe e empresários.
As acusações contra Gladson Cameli são de uma gravidade inédita, e nem sua proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro impediu o avanço das investigações. O PT do Acre destacou o impacto da operação, lembrando que foi a primeira vez que a Polícia Federal teve que adentrar o Palácio Rio Branco e outros órgãos do governo estadual, além das residências do governador e de seus familiares.
A investigação revelou uma organização criminosa sofisticada, liderada por Cameli, que teria desviado recursos públicos em montante superior a R$ 800 milhões. Entre as medidas cautelares aplicadas pelo STJ, o governador foi proibido de deixar o país, teve bens apreendidos e foi impedido de manter contato com outros investigados.
O PT defende a presunção de inocência e o devido processo legal, mas reforça que os desvios de recursos públicos em benefício próprio são inaceitáveis. Para o partido, a gravidade das denúncias e as provas robustas apresentadas justificam o afastamento imediato de Gladson Cameli da governança do estado, como um ato de respeito à população acreana.
Confira a nota completa: