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Olá, vamos porongar?

Responda sem pestanejar:

Quantas vezes você ouviu a conversar de que o pai do governador Gladson Dançarino Cameli, o empresário Eládio Cameli, não queria o filho na política?

Eu li e ouvi diversas vezes.

Até a mãe do Dançarino foi às suas redes sociais fazer essa afirmação.

E não foi apenas uma vez.

Dançarino Cameli está na política desde 2006, quando foi eleito deputado federal.

Pelo jeito, o papai rico não tem domínio sobre as vontades do filho.

Vendo a encrenca que o desajuizado filho se meteu, lhe meteu, pelo  jeito, o papaizinho tinha razão.

Basta ver que, na hora que sentou no banco dos réus, o filho desobediente declarou que não compra um carro sem a autorização do papai querido.

Age como se fosse uma criança, que precisa da proteção paterna até para atravessar uma rua.

Têm histórias que não colam.

Alguém acredita que a ministra Nancy Andrighi e os demais membros da corte especial do STJ irão acreditar nessa história para boi dormir?

Nessa potoca?

Será que o menino mimado de quase 50 anos pediu autorização do pai para comprar avião e carros de luxo como BMW?

Era o pai quem mandava dinheiro em espécie para o Dançarino pagar faturas de cartões de crédito em valores mensais superiores a 80 mil reais?

Esse filho é malouvido mesmo.

Agora vamos ao interrogatório no STJ.

Vamos falar sobre o apartamento de quase seis milhões de reais, de 197 metros quadrados, no chicoso bairro dos Jardins, em São Paulo.

Brigando contra as provas e evidências, o governador respondeu que o apartamento é do seu pai.

Pode até ser, mas não era para ter sido.

Mais vem a pérola das pérolas.

O apartamento, segundo o governador que dança, seria comprado porque Eládio Cameli tem câncer e precisa ficar bem instalado quando faz o tratamento na capital paulista.

Ótimo, quem tem dinheiro deve ficar bem acomodado mesmo, principalmente quando faz um sofrido tratamento de câncer.

Mas há um problema, um enigma.

O governador dançarino quis comprar o apartamento na planta.

É o que está nas investigações e confirmado pelo próprio dançarino à justiça.

Pergunto eu, responda você: Quanto tempo esse imóvel levou para ficar pronto, se é que está pronto?

Agora imagine, você quer dar o conforto ao seu pai com câncer e compra um apartamento na planta.

Faz sentido uma coisa dessa?

Fato é que todas as vezes em que  abre a boca para se explicar, o governador se complica.

Quem não lembra quando ele disse que o seu enriquecimento vertiginoso depois que assumiu como governador foi graças à inflação?

Trata-se do primeiro caso na história em que uma pessoa ficou rica graças ao processo inflacionário.

Esse dançarino vai dançar.

É um câncer na administração pública.

E ainda diz que é vítima de assassinos de reputação…

Quem está com a reputação assasinada é a imagem do Acre.

Em vez de posar de vítima, esse homem tem o dever moral de nos pedir desculpas.

Fui.

Um forte abraço e um cheiro do Rosas.

Vida que segue.

A coluna escrita está disponível no portaldorosas.com.br

Tchau.