Olá, vamos porongar!

Semana passada levantaram a suspeita de que o ainda  governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dançarino, teria feito o uso de um jatinho pago pelo povo acreano para namorar e desfrutar as férias nas paradisíacas praia do Nordeste.

Rapidamente, o plastificado chefe da Casa Civil publicou nota dizendo que o governo não pagou fretamento de avião algum para se deslocar a João Pessoa, capital da Paraíba.

Jonathan Donadoni não mentiu.

O fretamento do jatinho é feito por demanda.

Mesmo que o Estado fosse pagar, não poderia ter feito o pagamento antecipado.

O assessor de Cameli, porém, não negou que o jatinho pago pelo povo acreano esteve em solo nordestino.

Esqueceu-se de informar quem pagou o fretamento para Dançarino Cameli ir se divertir voando nas asas da viúva.

Se foi o Dançarino que pagou, por que não apresentaram documento desse pagamento?

Se foi o pai do ainda governador, por qual motivo não disseram nada?

Sempre apostam na impunidade e no esquecimento…

A verdade é que pagar R$ 18 milhões por ano para o governador flanar de avião é muita coisa para um estado pobre como o Acre.

Acompanho a política acreana há muitas décadas.

Vi muitos passarem pelo Palácio Rio Branco.

Nunca um governador fretou um jatinho para fazer os seus deslocamentos.

O único governador que inventou de comprar um boeing era parente do atual governante.

O boeing chegou abarrotado de contrabandos e foi abandonado no aeroporto de Guarulhos como se não tivesse dono.

Voltemos a João Pessoa.

Obviamente que a nota da Casa Civil foi suficiente para frear as especulações na imprensa.

Não é para menos.

O governo Cameli gasta cerca de 30 milhões de reais por ano para silenciar a imprensa.

Apontar o erro do governo é como matar galinha com ovo de ouro.

Também não adianta esperar ação do Ministério Público Estadual.

Os motivos da omissão não cabem explicitar.

Geram processo e antipatia para mim.

Garanto, porém, que omissão de quem deveria agir não é passaporte para o meu silêncio.

Esse aluguel do jatinho é uma das maiores excrescência da nossa história.

Mas sociedade parece aérea a tudo o que acontece.

Para se ter noção, no passado o governo gastou dezessete milhões, trezentos e cinquenta e cinco mil reais com fretamento.

Desse montante, quatro milhões e setecentos mil foram pagos pela Casa Civil.

Outros onze milhões foram pagos pela Secretaria de Estado de Saúde, a titulo de fretamento para transporte de pacientes.

Estranho!

Há muita reclamação justamente acerca do transporte para tratamento fora do domicílio, o TFD.

Os recursos próprios podem ser esquecidos.

Não haverá apuração.

Mas o recurso pago pela Sesacre dá para a Controladoria-Geral da União dar uma apurada.

Afinal, tem recurso do governo federal.

E essa apuração da CGU tem que ser voando a jato.

Vida que segue.

Fui, um forte abraço e um cheiro do Rosas.

Tchau.