No Acre (des)governador por Gladson Cameli (PP) não é novidade que as pessoas vítimas de roubo deixaram procurar a delegacia para registrar boletim de ocorrência.
A solução desses casos, quase sempre, é procurada por vias que podem ser consideradas paralelas ou ilegais.
Sentindo-se importantes, as vítimas recorrem aos líderes de organização criminosas, que, na maioria das vezes, resolvem a situação.
Os relatos sãos os mais variados.
É comum em muros e prédios nos bairros a organização criminosa da área mandar recado aos ladrões com a seguinte frase: “Se roubar, morre!”.
E morrem mesmo.
Ou recebem corretivos.
Aquilo que é baseado em fato empírico, foi confirmado por estudo.
Um cruzamento de dados sobre a violência no país ajuda a dimensionar a distância entre as estatísticas oficiais e a realidade.
Estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ao comparar números de registros de ocorrência nas delegacias com relatos de vítimas feitos a partir de questionamento do IBGE, aponta que o número de pessoas que declararam ao instituto terem sido vítimas de roubo ou viverem com alguém que sofreu esse tipo de crime é, em média, no país, cinco vezes maior do que o dos casos registrados.
No Acre, segundo o estudo, foram aconteceram 3.217 roubos, em 2021.
Apenas 720 tiveram boletim de ocorrência registrado em delegacia.
O estado é o nono do país onde aconteceu mais roubo.
Simplesmente 2.497 casos não chegaram às delegacias.
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