O Acre é um dos menores colégio eleitorais do país. Não tem 1% do eleitorado brasileiro.
Mas no Senado da República, com três senadores, tem o mesmo peso de São Paulo, por exemplo.
Por isso, há uma importância gigante na eleição de um senador.
Não se deve questionar o voto. Esse é um dos pilares da democracia.
Os efeitos do voto, isso sim, devem e podem ser questionados.
Eleito pelo minúsculo estado do Acre , o aventureiro Marcio Bittar (MDB) poderá levar os brasileiros à uma aventura sem volta, com prejuízos irreparáveis ao presente e, principalmente, ao futuro.
Disposto a tudo para agradar ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a fim de um dia se tornar ministro, Bittar é relator da PEC Emergencial e simplesmente quer acabar com os gastos mínimos com a Saúde e a Educação.
Como se trata de uma PEC, é necessário o apoio de pelo menos 49 senadores e 308 deputados em dois turnos de votação na Câmara e no Senado.
A Constituição hoje exige que estados e municípios apliquem ao menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da Educação.
Na Saúde, o percentual mínimo é de 12% da receita para estados e 15% para municípios.
O relatório da Bittar vem num momento é que o Sistema Único de Saúde (SUS) se mostra fundamental no atendimento dos pacientes atingidos pela pandemia da Covid-19.
Os recursos “carimbados” para a Educação são fundamentais em um país onde a desigualdades sociais são gritantes e os mais excluídos encontra no estudo oportunidades para buscarem novos caminhos.
Marcio Bittar, um obscuro politico que ganhou um mandato no Acre, pode, com o aval de Jair Bolsonaro, atingir o presente e o futuro de mais de 200 milhões de brasileiros e brasileiras.
São as consequências do voto.
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