Quando aceita ser nomeado diretor-presidente da Emater, Tião Bocalom se coloca na condição de político de segundo escalão.
Será empregado do empresário de cemitério Paulo Salvador Wadt,
E o pior: será usado como arma de vingança.
Arma de vingança, sim, porque engana-se quem pensa que nomeação de Bocalom é apenas um ato protocolar.
Uma forma de abrigar alguém que pode atrapalhar mais à frente.
É certo que Bocalom passa por dificuldades, inclusive financeira.
Há muito tempo não trabalha, está aposentado como professor e não foi bem sucedido nas suas empreitadas comerciais.
Tudo isso é sabido de cor e salteado.
Mas há algo mais interessante nessa nomeação.
Algo que poucos perceberam ou, se perceberam, ficaram calados.
Essa acomodação de Bocalom é uma mensagem subliminar do governador Gladson Cameli (PP) ao seus vice Wherles Rocha e à deputada federal Mara Rocha, ambos do PSDB.
Wherles Rocha e Tião Bocalom tiveram divergências públicas sérias e graves.
Trocaram acusações sobre traição e quebra de acordo. Só não chamaram um ao outro de santo.
Recentemente, ainda na área de produção, a deputada Mara Rocha abriu guerra contra o secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt.
Também ameaçou ruptura com Cameli. As feridas estão abertas.
Quando põe mais um desafeto para cuidar da produção, o governador manda recado ao vice e à sua irmã.
Bocalom e Wadt não produziram nada, mas estão bem empregados.
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