Os fatos vão apontando que Gladson Cameli parece não ter errado no diagnóstico, quando insinuou a existência de um cartel operando no seio da Secretaria da Saúde.
As palavras do rapaz ganham força quando se fica sabendo que repousa na mesa do secretário Alysson Bestene, buscando a pretensa homologação e conseqüente publicação no Diário Oficial, um processo licitatório na modalidade Carta Convite.
Essa Carta Convite teria sido produzida no rastro do “Estado de Calamidade”, decretado desde o início do ano para o setor saúde.
O Portal do Rosas obteve informações de que nesse processo os preços praticados são coisa de ficção científica.
O dito certame contempla a aquisição de material gráfico e congêneres, para uso burocrático e ainda para a divulgação das ações preventivas de saúde pública.
Corre a informação de que o secretário Bestene irá brecar a excrescência, mas fica uma pergunta: como é que um processo desse naipe chega à mesa do gestor-mor sem que os setores de controle detectem a tentativa da rapina?
Como registra a imagem, um folder, nas quantidades registradas, em papel couchê 115 gramas (o modelo mais tradicional), formato 8 (21 X 31 cm),colorido, frente e verso, no mercado gráfico não sai por mais de R$ 0,10.
De outra banda, um Outdoor, em uma licitação tipo pregão, atinge o preço médio de R$ 350,00.
Um cartaz (48 X 60 cm), em papel couchê 180 gramas, atinge, em média, o preço de R$ 1,50. Não é mais do que isso!
Então como explicar os preços que estão na biqueira da homologação, ainda mais quando as autoridades econômicas afirmam que o tesouro estadual está à breca?
A julgar por esse procedimento, o setor saúde não está com doença passageira.
Está em adiantado estado rumo ao óbito. Com infecção generalizada; com septicemia!
Essa é a constatação, pois nesta semana, um site local publicou outro indício forte de tentativa de surrupiar o erário.
Segundo o site, uma licitação feita com arrimo no estado de calamidade pública estaria contaminada pelo “estado de corrupção crônico”.
A matéria aponta que um dos envolvidos nas benesses servidas pela erva daninha seria uma empresa do ramo gráfico, que agora abriu uma firma que incursiona pela venda de medicamentos.
É certo que o proprietário do site um poço de mágoa, por não ter recebido carinho do governo. Por isso, a notícia tem que ser vista com certa reserva.
Mas, em sendo verdade, a pergunta que não quer calar é: como o MP não age para conter tais abusos, na medida que o governador denunciou que tem um cartel agindo no setor saúde do Acre, contituindo-se num verdadeira máfia?
Se o MP, a Polícia Federal e o próprio secretário não atenderem a denúncia de Cameli, a população está mesmo sem ter a quem recorrer.
Faz um limpa aí, secretário Alysson Bestene.
Faz a desinfecção; Bota essa turma pra correr!
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