O medo de perder tira a vontade de ganhar.
A frase que abre o texto é creditada ao treinador de futebol Vanderlei Luxemburgo, que viveu os seus dias de glória na década de 1990.
Futebol e política se parecem muito. São espaços de estratégia, combate e disputa.
Dizem, também, que o futebol é o esporte mais democrático do mundo.
O esteio da política é a democracia. Necessariamente tem que haver disputa no campo das ideias para que o cidadão-eleitor escolha aquele ou aquela que considera melhor para comanda a sua cidade, o seu estado ou o seu país.
Manobras no tapetão para ganhar por W.O nunca legitima o “vitorioso”.
No Acre, no município de Marechal Thaumaturgo, tem candidato querendo vencer sem ter opositor.
Trata-se do prefeito Valdélio Furtado, que tentar, via tapetão, tirar o seu adversário, Itamar de Sá (Podemos) do páreo.
Temendo a derrota no próximo dia 6 de outubro, Furtado recorreu à Justiça para tentar impugnar à candidatura de Itamar de Sá.
O caminho natural seria que o Ministério Público Eleitoral ingressasse com uma ação como essa,
o que não aconteceu.
Não se sabe com qual recurso financeiro, o prefeito contratou uma banca de advocacia estabelecida em Brasília, capital da República.
O custo de uma banca desse naipe não deve ser baixo.
Valdélio Furtado concorre à reeleição pelo Progressista, partido da vice-governadora Mailza Assis.
Apoiadora do prefeito, a vice-governadora foi condenada por improbidade administrativa, quando exerceu o cargo de secretária de Administração em Senador Guiomard.
Mesmo condenada, ela concorreu a vice-governadora com o aval da Justiça Eleitoral.
Ouvido pela reportagem, Itamar de Sá diz estranhar a falta de coragem do seu adversário, que tentar eliminar oponente.
“Confio na Justiça. Nunca pratiquei algo que caracterize ato doloso de improbidade. Nunca fui sequer processado na justiça por tal tipificação. Se o meu adversário quer ganhar, que venha às urnas. É assim que as coisas funcionam na democracia”, comentou De Sá.
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