Gladson Cameli atendeu ao pedido do seu vice-governador.
Com uma caneta, decepou as cabeças do comandante da Polícia Militar e do secretário de Segurança Pública.
Poderia muito bem fazer o que gosta, que é viajar, e deixar as exonerações para Wherles Rocha assinar.
Não seria nada fora do normal. Afinal, foi o vice quem fez o convite para o coronel Mário Cézar Freitas e o delegado Rêmulo Diniz entrarem no governo.
Mas Cameli matou no peito e deixou Rocha sair jogando.
Só que na política nada vem de graça.
Tão logo anunciou os nomes dos futuros comandantes das polícias, o rapaz comunicou que o major é o seu nome para concorrer à prefeitura de Rio Branco.
Um convite desse poderia ser visto como o reconhecimento da lealdade. Mas pode ser enxergado de outra forma.
Caso resolva aceitar concorrer ao cargo de prefeito, Rocha terá que renunciar ao mandato de vice.
Limparia a área de Cameli.
Vice bom é aquele que conhece o lugar de vice, que não quer protagonizar igual ou mais do que o titular.
Rocha está longe de ter esse perfil.
Tem ambição, sede de poder.
Talvez seja pensando nessa sede que Cameli oferece um apoio à possível candidatura a prefeito.
Uma coisa é certa: um cunhado como Nicolau Júnior, que é presidente da Assembleia Legislativa, é um vice que incomodaria menos a Cameli.
O bode está na sala.
Ou na antessala.
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