Se fosse apenas uma jornalista, a crítica seria encarada como normal e garantida pelo livre direito de manifestação.
Mas não se trata disso.
Proprietária do site Contilnet, a jornalista Wânia Pinheiro assina a coluna politica do portal de notícia.
Na coluna publicada na edição de hoje Pinheiro manda recado duro ao vice-governador Wherles Rocha (PSDB), cuja Segurança Pública está sob a sua responsabilidade.
“O vice-governador Major Rocha precisa sair da zona de conforto que vem desfrutando, fazendo apenas política partidária, e voltar a exigir resultados na Segurança Pública”, escreveu a jornalista.
Segundo Pinheiro, nos dias contemporâneos, nesta evolução sem precedentes da sociedade moderna, mesmo com os índices de criminalidade apresentando variações (para mais ou para menos) a sensação de segurança não chegou na casa do cidadão.
Foram escritas outras notas abordando a falta de sensação de segurança da população.
Mas o que chama a atenção, sem querem fazer o papel de julgador, é que Wânia Pinheiro vem a ser irmã da secretária de Comunicação do governador Gladson Cameli, Silvânia Pinheiro.
O parentesco, é claro, não é motivo para evitar críticas direcionadas ao vice-governador. Ocorre que o governador não pode se esquivar da responsabilidade sobre a Segurança Pública.
Cameli, portanto, tem que parar de agir como Pôncios Pilatos e lavar as mãos, pois o sangue das mortes diárias também salpicam na sua imagem.
Wânia Pinheiro, além de empresária, jornalista e irmã da secretária, tem outro atributo que não pode ser desconsiderado.
Ela é assessora bem remunerada do senador Marcio Bittar (MDB).
Bittar e Rocha são, até que se prove o contrário, água e óleo.
Certamente o senador não irá puxar a orelha da sua assessora por ela ter mandado Rocha sair da suposta zona de conforto.
Como diria os mais antigos, “besta é quem põe a mão nesse vespeiro”.
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