O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), dispensou nesta quinta-feira, 4, a chefe de gabinete do Ministério da Educação, Josie de Jesus, e Bruno Garschagen, assessor especial do ministro Ricardo Vélez Rodríguez. Os despachos foram publicados no Diário Oficial da União.
Para o lugar de Josie foi nomeado Marcos de Araújo, que reforça o grupo dos militares que atuam na pasta. Ex-subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Araújo se apresenta como advogado, mestre em Ciência Política e doutor em Ciência Jurídica e Social.
As quedas de Josie e Garschagen enfraquecem os grupos “técnicos” e “olavista” do Ministério da Educação, que desde o início do governo disputam o controle da pasta e paralisam os projetos do MEC. Autor de livros de sucesso na nova direita, como Pare de Acreditar no Governo e Direitos Máximos, Deveres Mínimos – O Festival de Privilégios que Assola o Brasil, o ex-assessor especial é um admirador de Olavo de Carvalho.
Já Josie é ex-diretora do Centro Paula Souza, entidade que gerencia o ensino técnico no estado de São Paulo, assim como outros dois profissionais que integram a longa lista de exonerados recentemente do MEC: o ex-secretário-executivo Luiz Antonio Tozi e a ex-secretária de Educação Básica Tânia Almeida. A atuação no Paula Souza rendeu a esses nomes o apelido jocoso, dado pelos olavistas, de “tucanos”.
As exonerações desta quinta são mais um sinal de enfraquecimento do ministro da Educação, Ricardo Vélez, indicado para o cargo por Olavo, que hoje não o apoia mais. Nomeado como substituto de Tozi na Secretaria-Executiva, o também militar Ricardo Vieira Machado já foi cotado como possível sucessor do ministro.
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