Ex-deputado Eduardo Farias disse que acionará à Justiça por ter o seu nome usado indevidamente
Nenhuma linha na imprensa do Acre.
A omissão daqueles bem pagos pelo erário, porém, não elimina a gravidade e nem influencia à Justiça.
Sexta-feira, a Polícia Federal levou à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mais um relatório acerca da Operação Ptolomeu.
A PF pediu a prorrogação da medidas cautelares, diversas de prisão, para os investigados.
O governador já está sob medidas cautelares por um ano, além de ter sido tornado réu em diversos crimes.
No pedido da PF, porém, há fatos novos que podem ensejar outras medidas mais duras.
Um desses fatos levanta sérias suspeitas contra o ex-diretor-presidente do Deracre, Petrônio Antunes.
A empresa de Antunes iniciou as obras da mansão do governador do Acre, Gladson Cameli e recentemente ganhou uma obra milionária no governo.
Na sua conta no X, o ex-deputado estadual e atual presidente do Diretório Estadual do PT, Daniel Zen destaca que no relatório da Operação Ptolomeu da última sexta-feira a PF dissecou o percurso do dinheiro usado na compra de, ao menos, 6 veículos suspeitos: de onde saiu a grana, por onde passou até chegar nas concessionárias e em nome de quem estavam os carros da frota pessoal do governador.
“Jaguar E-Pace, Land Rover Discovery, BMW X-4, Toyota Corolla e SW4, Chevrolet Cruze. Segundo a PF, estes seriam os veículos pagos por empresas que mantinham contratos com o governo do Acre, colocados em nome de terceiros e depois transferidos para empresas da família de GC”, escreveu o deputado.
E Zen seguiu. “Destaque: ainda segundo a PF, um desses carros (o Jaguar E-Pace) foi dado em pagamento de parte do valor devido pela compra do terreno onde foi construída a mansão do governador”.
Falando em ex-deputado, outro fato novo envolve outro ex-parlamentar: o comunista Eduardo Farias.
Presidente estadual do PCdoB, Eduardo Farias foi surpreendido com a informação de que vários investigados pela PF na Operação Ptolomeu estaria nomeados em seu gabinete na Assembleia Legislativa.
O fato logo trouxe à luz que poderia está havendo ilegalidade. O comunista não é deputado desde 2015.
O Espinhoso editor deste Portal entrou em contado com a assessoria da Assembleia Legislativa. Foi informado de que as informações da Aleac estão corretas e que pode ter havido falha no sistema do Tribunal de Contas.
“Iremos nos reunir na segunda-feira para apresentarmos uma resposta à sociedade”, disse uma assessor que pediu para não ser identificado.
Eduardo Farias foi às redes sociais se manifestar por meio de nota.
O comunista escreveu que causou surpresa e indignação a circulação nas redes sociais de um Relatório da Polícia Federal dando conta de que o seu nome tem sido utilizado para manutenção de um gabinete Aleac como se ainda estivesse exercendo mandato de deputado estadual, e “que este tem servido como depositário de pessoas investigadas na chamada Operação Ptolomeu, que investiga os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais, organização criminosa, dentre outros praticados em desfavor da administração pública”.
O presidente estadual do PCdoB adiantou que comunicará à PF oficialmente o seu total desconhecimento do uso indevido de seu nome e do seu ex-gabinete para prática do referido delito exposto em seu Relatório.
“Solicitarei ainda, na forma da lei, esclarecimentos à Mesa Diretora da Aleac sobre os referidos fatos e acionarei a Justiça para que sejam dadas as devidas providências legais quanto ao uso indevido de meu nome, o que incorre, no mínimo, em danos morais”, salientou Farias.
Para a PF, as nomeações de investigados tanto na Aleac quanto na Câmara de Vereadores de Rio Branco contou com a influência direta de Gladson Cameli.
O relatório da PF foi enviado ao Ministério Público Federal, que deverá levar os fatos contemporâneos à ministra Nancy Andrighi.
Vamos falar um pouco mais sobre isso na Live Espinhosa.