Superfaturou – Governador diz, agora, que herdou um “rombo”, de R$ 3,8 bilhões

Diga sem pestanejar: desde janeiro quantos valores foram ditos pelo governador para reclamar sobre um suposto rombo herdado do governo anterior?

Foram muitos.

Começou com R$ 600 milhões, baixou para R$ 200 milhões até fechar em R$ 800 milhões.

O governo mandou fazer até propaganda institucional falando dos tais R$ 800 milhões. Saiu em todos os lugares.

Tratava-se de propaganda para justificar o pagamento à imprensa.

Mas ontem, no programa politico-humorístico que participa no Sistema Público de Comunicação, ele se superou.

Aumentou o valor do tal rombo para R$ 3,8 bilhões.

É dinheiro demais para um estado como o Acre.

Se fala sobre endividamento, deveria lembrar que a dívida do Banacre, que foi fechado no final da década de 1990, está no pacote.

Para que não paire dúvidas, seria importante que ele apresentasse publicamente de onde tirou esse valor.

Deveria formalizar denúncia contra quem deixou o estado numa situação dessa, sob pena de prevaricar.

A não ser que seja apenas mais um valor inventado para ludibriar a boa fé dos incautos.

Analisando friamente os números, não existe essa história de rombo.

O governo herdou dívidas do seu antecessor da mesma forma que deixará para quem lhe suceder.

Se tivesse herdado o Estado numa situação como essa, certamente não estaria nem pagando salários de servidores.

A boa saúde financeira foi atestada pela Secretaria do Tesouro Nacional.

O grande problema do Acre é a Previdência, herdado há 20 anos pelo petista Jorge Viana, que vem se agravando a cada ano.

O dinheiro sacado do Fundo Previdenciário no final da década de 1990 faz muita falta hoje.

Em valores atuais chegaria a R$ 1,5 bilhão.

Somente no período de 2011 a 2015, quase treze mil servidores se aposentaram.

Foram pessoas que entraram, na maioria, nos governos de Nabor Júnior e Flaviano Melo sem concurso público.

Cameli deveria trabalhar mais com a verdade.

Mas a verdade, para ele, parece a kryptonita para o Superman.


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