Em 2013, o cidadão Francinei de Oliveira Contreira frequentou as páginas do jornais acreanos, ganhando destaque nas seções policiais.
Seis anos depois, o mesmo indivíduo vem na página do Diário Oficial do Estado, com uma nomeação para ocupar uma CEC 4, na Secretaria de Saúde.
A caneta que nomeou o cidadão não foi a vermelha de Cameli.
Foi ao do seu vice major, que, segundo dizem, é azul.
A história vem demonstrando que o major não usa a caneta de forma criteriosa.
Semana passada, foi nomear um indicado do deputado Neném Almeida, acabou nomeando, por engano, um pedófilo.
Já nomeou em seu gabinete, enquanto deputado federal, integrante de organização criminosa.
O Contreira nomeado pelo responsável da Segurança acreana foi condenado pelo juiz Romário Divino a cumprir 17 anos e seis meses de reclusão, em regime, inicialmente, fechado.
Pena tão pesada não foi apenas pela severidade da lei. Ele cometeu o crime de envolvimento numa rede que favorecia a prostituição de menores em Rio Branco.
Denominada Delivery, a operação foi desencadeada pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual.
Levou à cadeia mais de uma dezenas de envolvidos.
Figurões, como o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez, tiveram os seus nomes envolvidos.
Contreira deve estar recuperado. Certamente pagou pelo o que devia. Mas a sua nomeação demonstra que não é apenas Cameli que nomeia as pessoas certas para os lugares certos.
O seu vice segue o mesmo critério.