O sonho dourado de muito é ser indicado e abiscoitar uma vaga como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Sonhar na custa nada, principalmente quando se trata de um lugar onde se trabalha pouco, mas se ganha muito.
Governo novo com cara de velho, mas já tem gente se mexendo e querendo ir para a corte de contas.
Setores da imprensa trabalham nomes de quem pode entrar e de quem deve se aposentar.
Aposentadoria de um conselheiro nem sempre é coisa fácil de acontecer. Aquele que decide vestir o pijama, quase sempre, cai no ostracismo. Perde dinheiro e poder.
Fazer a opção pressupõe algo melhor do lado de fora do bonito prédio da Avenida Ceará.
Mas, mesmo algum dos sete conselheiros decida se aposentar, é bom os políticos e os olhos gordos de plantão tirarem o equino da precipitação pluviométrica.
Tirar o cavalo da chuva mesmo.
A próxima vaga não é da classe política.
Está previsto em lei.
Mais especificamente na Lei Complementar número 38/93, que diz, no eu artigo 108:
“O processo de escolha de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, em caso de vaga que venha a ocorrer após a promulgação da Constituição Estadual de 1989, obedecerá ao seguinte critério:
I – na 1a, 2a, 4a , 5a e 7a vagas, a escolha será da competência da Assembléia Legislativa;
II – na 3a e 6a vagas, a escolha caberá ao Governador do Estado, devendo recair a última, alternadamente, em auditor e membro do Ministério Público Especial junto ao Tribunal, a começar pelo primeiro; e
III – a partir da oitava vaga, reinicia-se o processo previsto nos incisos anteriores, observada a alternância quanto à escolha de auditor e membro do Ministério Público Especial junto ao Tribunal, a começar pelo primeiro”.
A última vaga da política foi ocupada pela ex-deputada Naluh Gouveia, que nem elogiava muito o TCE. A próxima duas serão do pessoal da casa mesmo.
É o que está na lei.