Babalorixá Germano Marino ameaça processar promotora por preconceito religioso

O militante dos direitos humanos Germano Marino irá formalizar denúncia contra a promotora de Justiça Alessandra Marques por preconceito religioso.

Marques, mais uma vez, usou as redes sociais para agir como militante e se posicionar contra o que chama de “macumbeiros”

Marino, que é babalorixá, respondeu firme na sua página no Facebook, veja texto abaixo. “Segunda-feira irei ao Ministério Público fazer a denúncia formal”, adiantou.

Sem ter a estética típica Gisele Caroline Bündchen, a promotora, esta semana, fez ameaça velada contra quem “ousa” criticar a sua postura.

Marques escreveu: “Não basta a gente (sic) ser feia, burra, incompetente, ímproba, tem que escolher mal os inimigos”.

Veja a nota do ativista:

INADMISSÍVEL QUE O MINISITÉRIO PÚBLICO DO ACRE POSSA VIR AGIR COM PRECONCEITO E INTOLERÂNCIA RELIGIOSA PARA QUALQUER PESSOA OU RELIGIÃO

Drª Katia Rejane,

Procuradora Geral do Ministério Publico do Acre

Esse tipo de postagem, a qual um membro do Ministério Publico do Estado do Acre faz em rede social, depõe todo o trabalho de valorização e o enfrentamento ao estigma do preconceito e discriminação que nós os povos de terreiro, sofremos todos os dias. Pois quando as pessoas querem nos ferir, e agir com preconceito, nos chamam de “Macumbeiros”. Isso fere nossa existência. Isso é PRECONCEITO!

Não existem macumbeiros, existem pessoas que professam uma fé, de uma religião ancestral, da cultura africana. Esse tipo de comentário é um absurdo, um insulto a nós povo de terreiro do Estado do Acre. Se fosse de alguém com menos instrução, até que nem causaria TANTO espanto, mas de um membro deste colegiado, de uma instituição que valoriza os direitos humanos das pessoas, fere circunstancialmente o decoro e destila preconceito e fomenta a intolerância religiosa.

Não somos macumbeiros Procuradora! Somos Candomblecistas, Somos Umbandistas, Somos Daimistas, Somos Auasqueiros, Somos Indigenas, Somos Negros, Somos LGBT, Somos Deficientes, Somos pessoas que merecemos respeito!

Abaixo a intolerância religiosa!

Se o Ministério Público do Estado do Acre, se acovarda diante a um membro que destila preconceito, coloca todo o trabalho de reconhecimento internacional, na defesa dos direitos humanos de todas as pessoas que esta instituição tem ao longo dos anos realizados, a se perder !

Triste situação!

Merecemos RESPEITO procuradora!

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