A Operação Ojuara, desencadeada hoje pelo Polícia Federal, levou à cadeia o milionário José Lopes.
A prisão deve preocupar muita gente no Amazonas e no Acre.
Trata-se de uma pessoa pouco conhecida no Acre, mas tem apartamento em prédio de luxo em Rio Branco.
José Lopes é milionário. Tem vários ramos de negócios, inclusive agiotagem.
Em 2017, foi citado por delator na Operação Lava Jato, junto com o pai do governador Eládio Cameli, Eládio Cameli.
Ambos apareceram como recebedores de vantagens ilícitas na construção da ponte sobre o Rio Negro, a ponte do bilhão.
Os dois têm, dentre outras coisas em comum, o fato de construírem fortunas por meio de relações nem sempre republicanas com políticos amazonense.
O encarcerado Lopes é o maior fazendeiro do Amazonas.
É dono de mais de cem mil cabeças de gado, em Boca do Acre, na divisa com o Estado do Acre.
Zé Lopes, como é conhecido, é citado pela imprensa do Amazonas como uma espécie de “Caixa 2” do ex-governador Amazonino Mendes.
Mas teve e tem muita influência com os político do Amazonas e teria investido, sem declarar, em campanhas no Acre.
Treze pessoas foram presas e encaminhadas para a sede da Polícia Federal no Acre.
Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e outras diligências.
Os investigados somam R$ 147 milhões em multas do Ibama, referentes a 86 mil hectares da Floresta Amazônica.
Segundo a PF os suspeitos invadiam áreas de preservação para fazer o desmatamento e ameaçavam moradores.
Eles seriam protegidos por policiais militares do Amazonas, e conseguiam se livrar das multas com ajuda de funcionários do Ibama, e com a ciência do ex-superintendente do órgão no Acre.
Resta saber por quanto tempo Zé Lopes permanecerá preso.