José Luiz Tchê é presidente, quase dono, do PDT no Acre.
O PDT indicou o delegado Emylson Farias para concorrer a vice-governador na chapa do petista Marcus Alexandre.
Ney Amorim construiu toda a sua carreira no PT.
Concorreu ao Senado e, no meio do caminho, esqueceu-se de toda ideologia para embarcar na candidatura do atual governador.
Tchê se elegeu deputado, emplacou muita gente na administração estadual e virou líder do governo na Assembleia Legislativa.
Vai substituir Gehlen Diniz, que é do mesmo partido do chefe do Executivo estadual.
Amorim foi contemplado com uma Secretaria de Articulação.
Aperreado e sem confiar nos deputados eleitos pelos partidos que lhe deram apoio declarado nas eleições, Gladson Cameli preferiu entregar a sua coordenação política a quem supostamente traiu os antigos aliados.
Gladson Cameli terá na coordenação política um ex-petista e um pedetista.
A dupla tem entendimento há anos.
Durante quatro anos, Tchê recebeu como assessor da Assembleia Legislativa sem labutar.
Ney Amorim era o presidente do poder, onde chegou apoiado pelo então governador Tião Viana.
O jogo da política é complicado.
Getúlio Vargas ensinou que na política não se deve ter inimigo que não possa virar amigos, ou amigo que não possa virar inimigo.
Resta esperar o que os articuladores terão para entregar aos deputados.
Não se constrói base apenas com sotaque gaúcho ou dizendo que é menino pobre da Baixada.
Falando em sotaque, o líder do tio do atual governador também era gaúcho.
Luiz Garcia defendia Orleir Cameli com muita competência.