Flagrado tentado aprovar uma pegadinha para prejudicar os praças da Polícia Militar, o governo do Estado teve que recuar.
Antes de ir ao plenário, o líder do governo na Assembleia Legislativa, José Luiz Tchê (PDT) retirou a matéria.
Mostrando indiretamente preconceito com o número 13, a Projeto de Lei Complementar queria modificar o artigo 13º da PLC nº 164, de 3 de julho de 2016.
Aprovado no governo Tião Viana, o PLC nº 164 prevê que um militar deve ter seis anos, contados desde o curso de formação de soldado, para ser promovido a cabo. E mais três anos como cabo, para ser promovido a sargento.
O governo Gladson Cameli queria, sem dialogar com a categoria, alterar os prazo para 10 anos, para promoção a cabo, e 15 anos, para promoção a sargento.
A pegadinha foi descoberta e o projeto de lei retirado da pauta.
Em tese, a história se encerraria aí, mas não é bem assim.
Há coisas a ser explicadas.
Quando se fala em política de Segurança Pública no atual governo, o primeiro nome a ser lembrado é o do vice-governador Wherles Rocha.
Desde a campanha, Rocha foi designado como o responsável direto pela pasta.
Um projeto como esse dificilmente chegaria ao Legislativo sem o seu conhecimento.
Rocha tem inserção sobre as associações militares, inclusive sendo responsável pela indicação dos seus dirigentes para cargos bem remunerado no governo.
Será que ele não sabia desse PLC?
E se não sabia, como o governador Gladson Cameli trata um assunto dessa amplitude sem discutir com o seu vice, dono da Segurança Pública?
Tem muita coisa mal explicada na história.