Era o dia da patranha, mais conhecido como o Dia da Mentira.
Na data de 1º de abril, o governador Gladson Cameli reuniu secretários, empresários e a imprensa para anunciar um pacote de obras de sua gestão, em infraestrutura, para este ano.
Seriam investidos R$ 838,9 milhões, que alavancariam o setor da construção civil e assegurariam a geração de 18,4 mil novos postos de trabalho.
Passaram-se mais de 90 dias e nada do que fora prometido se concretizou.
As poucas obras realizadas foram cair nas mãos de uma tal Murano Construções, que, não se sabe como, veio parar no Acre.
A Murano tem uma ata de preços no Instituto Federal Goiano, em Ceres, no valor aproximado de R$ 56 milhões.
Desse montante, o governo do Acre fez a adesão superior a R$ 27 milhões.
Terça-feira, em reunião com sorumbáticos empresários, o governo reduziu a previsão de geração de emprego.
Segundo matéria publicada na imprensa local, dos quase R$ 19 mil empregos, a previsão é que a construção civil gere 1,1 mil postos de trabalho.
Essa queda de previsão seria risível, se não fosse tão excruciante. Se não significasse falência e desemprego.
Manipular números sobre empregos parece ser a especialidade da casa.
Semana passada, a agência de notícias oficial anunciou que haviam sido gerados 4.454 empregos nos meses de abril e maio.
Esqueceram-se, porém de explicar que aconteceram 3.706 demissões.
Veja matéria aqui http://portaldorosas.com.br/governo-manipula-dados-sobre-geracao-de-empregos-manipulacao-e-fortalecida-por-governador-e-secretario/
Quando anunciou os supostos investimentos, Cameli estava frente a frente com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontava o Acre como o estado que mais perdeu postos de trabalho no 1º trimestre de 2019.