A vida recomenda que as palavras venham seguidas das ações.
A incoerência entre o dito e o feito quase sempre desmoraliza a quem age dessa forma.
Na noite de domingo, sob o pretexto de homenagear os mil mortos pela Covid-19 no Acre, o governador Gladson Cameli e a sua esposa Ana Paula protagonizaram um patético espetáculo em frente ao Palácio Rio Branco.
Com direito a tapete preto e coroa de flores, o casal politizou um tema que afligem à população.
Logo ele, que diz não precisar da política, se comporta como um político da pior estirpes, como um Odorico Paraguassu, que sonhava com um cadáver para inaugurar o cemitério de Sucupira.
Gladson Cameli tornou o Acre numa Sucupira. Desrespeita os mortos e ofende aos vivos.
Foi esse governador que menos de 24 horas depois do funesto ato que resolveu flexibilizar todas as atividades no Acre.
Isso mesmo: no período mais grave da pandemia houve um liberou geral, que foi publicado hoje no Diário Oficial do Estado.
No decreto governamental, porém, há um fato risível: as atividades liberadas nos dias úteis estão proibidas nos fins de semana.
É bom alguém avisar ao governo que o vírus não descansa, que se propaga a todo instante. Ou governo aperta ou abre de vez.
Não dá para fingir ser duro, quando todos vêem fraqueza.
Ah! Gladson Cameli disse que iria decretar luto oficial de três dias pelas mortes de Covid. Não saiu uma linha neste sentido no Diário Oficial de hoje.
Veja o decreto no Diário Oficial de hoje .