Daniel Zen critica comparações entre operação Ptolomeu e Lava-Jato e denuncia abuso de poder

Daniel Zen, presidente do PT do Acre, criticou, em um artigo, os esforços de aliados do governador Gladson Cameli (PP) para comparar a operação Ptolomeu com outras investigações, como a operação G7 e a Lava-Jato. Zen apontou que essa tentativa representa uma “desonestidade intelectual” e destacou as diferenças entre as operações, especialmente no que se refere aos processos legais e as circunstâncias que levaram às prisões.

Zen relembrou a operação G7, em que prisões ocorreram antes mesmo de um processo judicial formal. Ele afirma que, na época, houve abuso de autoridade, com as prisões prejudicando a imagem dos envolvidos antes de serem formalmente acusados. Esse episódio, segundo Zen, serviu para manchar permanentemente a reputação dos investigados, que mesmo sendo inocentados posteriormente, sofreram danos irreparáveis.

Quanto à operação Lava-Jato, Zen argumenta que houve um conluio entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol para prejudicar o ex-presidente Lula e tirá-lo das eleições de 2018. Zen mencionou a operação Spoofing, que revelou diálogos sugerindo que os processos contra Lula foram manipulados. Ele destaca que, de todos os investigados, apenas quatro eram do PT, enquanto mais de 40 pertenciam ao PP, partido do governador Gladson Cameli.

Zen lembra que o processo contra Cameli ainda está em andamento, com acusações de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e corrupção. Para Zen, há uma tentativa de silenciar as críticas à atual gestão. Ele aponta que o debate sobre o processo é legítimo, já que o governador é réu em uma ação penal aberta pelo Ministério Público Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça.

Finalizando, o presidente do PT do Acre criticou o apoio incondicional de certos aliados ao governador, sugerindo que muitos se movem por interesses pessoais. Em tom de protesto, Zen pede “menos, galera, menos” e defende que a verdade prevaleça sobre a propaganda oficial.

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