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Olá, vamos porongar!
Eu ainda não tive acesso ao interrogatório na íntegra do governador dançarino no STJ.
Mas o pouco que eu li revela o quanto ele usa da desfaçatez para tentar fugir das suas responsabilidades.
Mente e briga com os fatos.
Como um menino mimado, o garoto joga tudo nas costas do papai rico.
Péssimo sinal.
Um dos malfeitos de Gladson Cameli foi a compra de um luxuoso apartamento em São Paulo.
O imóvel custou mais de cinco milhões de reais.
A Polícia Federal encontrou, na casa do governador, uma minuta de compra e venda.
O apartamento seria comprado nos nomes de Gladson e da sua então esposa Ana Paula.
O documento está aqui embaixo.
Assim como o casamento, negócio não deu certo porque a empresa vendedora não aceitou a forma de pagamento proposta por Gladson.
Vejam os absurdos.
O governador chegou a tentar comprar o imóvel por meio de uma holding, que tem o seu filho menor como cotista.
Essa turma não tem limites.
Depois de muita jogada, o imóvel saiu no nome da Construtora Rio Negro, do seu irmão Gledson Cameli.
Quem pagou as primeiras parcelas fomos nós, cidadãos e cidadãs acreanos.
Tudo por meio de um contrato com a empresa Murano.
Gledson, aliás, é figura central nos esquemas do irmão governador.
Hoje, perante o desembargador designado para interrogá-lo, o apartamento mudou de dono.
Passou a ser do pai do dançarino, o empresário Eládio Cameli.
A propriedade pode até ter mudado de dono, mas os rastros da ilegalidade ficaram.
Num ato de desespero, Gladson teria dito:
“Eu não tinha condições de pagar.
Meu pai tinha condições financeiras. E a compra do imóvel era para criar uma situação confortável pro meu pai em São Paulo, que estava em tratamento contra o câncer”.
Coitado desse pai, tão pobrezinho..
Numa coisa ele disse a verdade:
o seu irmão Gledson foi o ‘grande negociador’ que tratou das questões burocráticas.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal não têm dúvidas das negociatas que o mano fez.
Está tudo no processo.
“Afirmo com toda segurança, esse apartamento é de meu pai. Totalmente dele, não é meu, não tem nada a ver comigo”, complementou o Dançarino.
Acredite quem quiser.
Um dia, em entrevista a um canal de televisão em Cruzeiro do Sul, o dançarino declarou que teve COVID e passou a sofrer de amnésia.
Tentou usar a amnésia conveniente no interrogatório.
Ele também foi questionado sobre uma minuta de divórcio, encontrada na casa dele.
Na petição que trata sobre divisão de bens e demais dados sobre o casamento, estaria escrito “imóvel de São Paulo”.
No depoimento, Cameli afirmou que desconhecia a minuta.
Como isso, produção?
Logo ele, que não tira a dona Ana Paula da cabeça?
Ainda morre de amores e ciúmes por ela.
Os promotores, segundo reportagem do Portal G1 também questionaram um diálogo entre o governador e o ex-secretário da Fazenda Rômulo Grandidier, que mencionava uma transferência de apartamento para a empresa GGC Holding.
Sobre isso, o governador mais uma vez disse que desconhecia esse diálogo.
“Se esse apartamento fosse meu, estaria em meu nome”, declarou.
Que homem esquecido….
Grandidier foi afastado e, depois, exonerado do cargo em março de 2023 durante a 3ª fase da Operação Ptolomeu.
Vamos rir.
Nas considerações finais, Cameli disse que nem os irmãos e nem o restante da família interferiram em ações do governo.
O governador disse ainda que recebe doações de seu pai, Eládio Cameli, e que ‘até para comprar um carro precisa pedir ao pai’.
Será que pediu para comprar BMW e outros carros de luxo?
E o avião, o papai autorizou?
Minha nossa, esse menino não deveria ter nem largado os cueiros.
Ou a chupeta.
Sei bem que vem mamando o dinheiro público, de forma irregular, descaradamente há muito tempo.
Se eu fosse ele, teria ficado calado.
Um depoimento desse revela contradições e complica ainda mais a sua vida.
Agora, a ministra Nancy Andrighi deve abrir prazo para a defesa e o Ministério Público Federal apresentarem as alegações finais.
Feito isso, ela pode julgar e, com certeza, condenar.
Ao final do depoimento, o governador não gravou entrevista.
Seus advogados de defesa disseram à imprensa que o processo está em fase de diligências finais e que a defesa deve apontar falhas no processo.
Eles pontuaram ainda sobre HDs apreendidos que, supostamente, não foram periciados, e um relatório de inteligência financeira com informações “inconsistentes”.
Estão jogando para a plateia.
Todos os prazos e a exigências foram cumpridos.
Mas sempre é rentável arrancar dinheiro de cliente rico.
Recapitulo que o pai do Dançarino constava como testemunha de defesa.
O nome de Eládio Cameli foi retirado dias antes do seu depoimento.
A retirada está explicada.
O senhor Eládio deve ter um orgulho danado dos rebentos que pôs no mundo…
Meu garoto!
Meu papai!
Ei, Dançarino, a tua hora vai chegar!
Fui.
Um forte abraço e um cheiro do Rosas.
A coluna escrita, com documentos, está no portaldorosas.com.br
Vida que segue.
Tchau.