https://www.instagram.com/p/DCPGQQhu4sr/?igsh=MWpnamVvcmQxOTRrdg==
Olá, vamos porongar?
Vou começar fazendo uma pergunta.
Você sabe o que o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dançarino, tem em comum com o inelegível Jair Bolsonaro?
Não é apenas a facilidade de mentir e iludir.
Nem a covardia
E muito menos a ideologia de extrema-direita.
Antes de dizer o que os unem, vou falar de outra coisa.
Semana passada, Dançarino Cameli gravou vídeo para as suas redes sociais adiantando que estaria presente na COP 29, em Baku, no Azerbaijão.
Declarou que o Acre iria mostrar o seu “protagonismo” nas políticas ambientais.
Como ele adora viajar, cheguei a pensar que tinha embarcado na primeira classe rumo ao país localizado na região do Cáucaso, entre o leste europeu e o sudoeste asiático.
Eu estava errado.
Domingo pela manhã, recebi imagem de Cameli participando do tradicional Baile do Hawai, em Rio Branco.
De pronto, pensei: tomara que não tenha ingerido bebida alcoólica.
Ele sabe que não pode misturar álcool com medicação.
Mas vamos mudar de assunto.
Também lembrei que o governador é o primeiro na história do Acre a ser réu no STJ.
Responde pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e formação de organização criminosa.
Veio à minha memória que cumpre medidas cautelares durante um ano, impostas pela ministra Nancy Andrighi.
Ela é relatora do processo gerado pela Operação Ptolomeu.
A decisão da ministra foi chancelada, de forma unânime, pela corte especial do STJ.
Dentre essas medidas há uma que limita os movimentos e passos do Dançarino para fora do Brasil.
Falo sobre a apreensão do passaporte.
Para participar dos painéis pouco produtivos na COP 29, o governador precisaria ter embarcado para Baku na última sexta-feira.
Tenho absoluta certeza de que não embarcou porque a ministra Nancy Andrighi não liberou o seu passaporte.
Quer apostar?
Sinceramente, acho que a ministra deveria liberar o passaporte, ele não vai fugir.
Se ela manteve ele no cargo, mesmo com as robustas evidências do cometimento de crimes, não faz sentido tolher os seus movimentos institucionais.
Mas uma situação como essa é extremamente vexatória para o governador, para o Acre e os acreanos.
Por que esse homem insiste em não provar a sua inocência?
Por que só tentou, até agora, anular as investigações e, consequentemente, o processo?
Quem não deve, não teme, homem de Deus…
Hoje cedo disseram-me que o governador desistiu da viagem.
Risível.
Como assim, produção?
Logo ele, que tanto gosta de viajar?
Agora vou finalizar.
O que une Gladson Dançarino ao inelegível é que ambos têm os respectivos passaportes apreendidos pela Justiça.
A dupla não foi, mas caminha para ser condenada em tribunais superiores.
Fui.
Um forte abraço e um cheiro do Rosas.
Vida que segue.
A coluna escrita está no portaldorosas.com.br.
Tchau.