Povo huni kuin do Acre inspira exposição na Pinacoteca de São Paulo

O Acre estará em destaque, a partir deste sábado, na Pinacoteca de São Paulo.

O povo Huni Kuim é a inspiração para a primeira exposição individual do famoso escultor recebe Ernesto Neto.

Batizada de Sopro, a exposição reúne cerca de 60 obras, incluindo uma série de ações a serem desenvolvidas no octógono do museu, criadas a partir do diálogo dele com comunidade indígena do Acre.

Ao longo de 40 anos de carreira, Neto vem defendendo a centralidade do corpo em seus trabalhos, que instigam o visitante a explorar o espaço no qual se inserem e sua relação com as demais pessoas ao redor.

Além disso, o artista discute ainda a importância do corpo para a dimensão espiritual.

Desde 2013, o artista vem colaborando com os povos da floresta, principalmente a comunidade indígena Huni Kuin, também conhecida como Kaxinawá.

A população dessa etnia, com mais de 7.500 pessoas, habita parte do estado do Acre e forma a mais numerosa população indígena do estado.

“A turma da floresta tem uma ligação muito mais profunda com a natureza. Inclusive, a palavra natureza, como algo que está fora de nós, seres humanos, nem existe nessa comunidade. Eles não veem essa separação”, conta o artista.

Neto já levou o trabalho e a parceria com os indígenas acreanos para várias partes do mundo, com Itália, Alemanha e Finlândia.

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