Cinco meses após as eleições, o Partido dos Trabalhadores (PT) realiza o primeiro encontro estadual para avaliação das últimas eleições e discussão dos desafios e os novos rumos. O encontro iniciou neste sábado, 30, e se encerra no domingo com a manhã de debates e uma feijoada.
A abertura do encontro contou com a presença de lideranças que estão desde o início dessa trajetória, como o presidente de honra do partido, Nilson Mourão e Raimundo Mendes, o Raimundão, conhecido e respeitado por sua luta ao lado de Chico Mendes, e Raimunda Bezerra.
Outras lideranças também participaram, entre elas, o ex-senador, Jorge Viana, o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, o deputado Estadual, Daniel Zen, vereadora de Assis Brasil, vereador de Xapuri, Equi, vereador de Xapuri, Evelina Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Feijó, Rosa Maria, vereador Rodrigo Forneck, os ex-deputados Federais, Léo de Brito e Sibá Machado, e a coordenadora da Mulher de Rio Branco, Lidiane Cabral.
O encontro ressaltou a importância da unidade interna. Na pauta, a discussão sobre o papel do partido de apresentar posições críticas e contundentes que representam o interesse nas construções políticas em âmbito estadual e nacional, e o papel do PT na sociedade.
O tom dado ao encontro foi sobre o momento, a importância da congruência e do discurso a ser adotado junto a militância e perante toda a sociedade. No cenário nacional, sobre a polêmica Reforma da Previdência, o PT deixou claro seu posicionamento, que é contra. “A conjuntura é complexa. Nacionalmente sofremos o ataque a classe trabalhadora, com a reforma da previdência, e a entrega do Brasil ao capital estrangeiro. No cenário local temos um governo perdido, que ainda está em transição e que tem uma estratégia clara de tentar apagar a nossa história, e não podemos deixar isso acontecer”, Cesário Braga, presidente do PT no Acre.
“O encontro é um divisor de aguas por dar encerramento ao processo de avaliação das eleições de 2018 e para que possamos começar a construir cenários e perspectivas de futuro, tais como a reagrupamento dos partidos que integram o campo progressista e de esquerda no Acre, e o debate sobre possíveis pré-candidaturas de prefeito e vereadores, tanto na capital quanto no município, nas eleições 2020”, ressaltou o deputado Estadual, Daniel Zen.
Já o ex-deputado federal, Léo de Brito, fez questão de falar do olhar para as conquistas e os próximos passos. “Não podemos esquecer dos avanços que conquistamos. É importante reconhecer pra continuar. Temos avanços do ponto de vista econômico, social. Agora estão iniciando o retrocesso, mas não podemos achar que só com os erros deles podemos voltar a governar. Precisamos nos organizar, voltar a base, fazer militância e continuar trabalhando com responsabilidade e compromisso”, Léo de Brito.
Momento de refletir e continuar
O ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, reforçou que o encontro “marca o momento que é o início de uma nova jornada, e também de avaliar com sabedoria o que aconteceu e que sirva para iniciar um novo ciclo. Ouvir a militância é de suma importância nesse momento, e mais importante ainda, é o que somos e como somos nesse novo ciclo”.
A importância de nos próximos passos, o partido ter a clareza o que realmente quer enquanto política pública, foram ressaltados pelo vereador Rodrigo Forneck. “Temos que discutir não só a volta ao poder, mas o que queremos. Não podemos ficar dialogando só com o passado, mas qual modelo econômico queremos, qual a política de educação, de cultura. E hoje vejo uma plenária horizontal e isso é uma conquista, e precisamos deixar que cada um protagonize mais”, afirmou o vereador.
André Kamai, que presidiu o partido, falou dos 20 anos de sucesso que não podem ser apagados por equívocos. “Nessa plenária está o que sempre esteve. Nossos 20 anos foram sucesso, nosso governo foi bom, trouxe dignidade para o Acre. Cometemos alguns equívocos no caminho e eles nos tiraram dessa trajetória. Não temos que refazer nada, temos que fazer, construir, continuar. Precisamos fazer uma história nova, com o cenário que é diferente. Os 20 anos que fizemos são nossa referência e não queremos reeditar ele, queremos novos 20 anos’, André Kamai.
No domingo, a pauta do debate é sobre a Organização Interna, PED 2019, e eleições 2020. Uma feijoada será realizada como encerramento.