Merece atenção máxima os números apresentados pelo site ac24horas, que encomendou pesquisa para averiguar como está a popularidade do governador Cameli em Rio Branco, capital do Estado e se concentrada a maior parte da população acreana.
Encomendada por portal aliado e feita por empresa de um empregado do governador, o José Denis Santos, a pesquisa não traz números bons.
Constata que a popularidade do rapaz desidratou em tempo recorde, em menos de 100 dias.
Fato curioso é que a desidratação não se deu por adoção de medidas impopulares. Deve ter sido exatamente por omissão, por falta de tomada de decisão.
A pesquisa, também, deve servir para ajudar na mudança do discurso. A população não engoliu a história de ficar jogando a responsabilidade e a falta de iniciativa para o governo anterior.
A população quer ação, quer governo.
Natural de Cruzeiro do Sul, Cameli ganhou com votação expressiva em Rio Branco. Obteve 52,72% dos votos válidos, contra 32,11% do petista Marcus Alexandre, que fora prefeito da capital.
Segundo os números publicados, a vitória não seria tão fácil agora.
A maioria dos entrevistados, 38%, considera o governo apenas regular, o que não é bom nem ótimo, muito menos ruim. É apenas regular.
Um governo regular não é o que desejam os mais de 800 mil cidadãos e cidadãs. Os anseios sãos mais diversos, numa estado que tem o governo como a mola propulsora do desenvolvimento.
Um governo que mal começou é visto apenas por 9% como ótimo e 20,2% como bom precisa mostrar a que veio.
Quem tem quase 25% considerando ruim ou péssimo vai ter que acelerar os passos.
O governo está cercado pelo pessimismo, pois pouco mais de 40% acreditam que as coisas irão melhorar.
Cameli imita o presidente Jair Bolsonaro, que viu a sua popularidade cair 15 pontos percentuais nos primeiros dias de governo.
Os dois são aliados em programas de governo e na insatisfação popular.