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O Festival Latinidades foi um dos grandes destaques do Julho das Pretas, programação que celebra as mulheres negras latino-americanas e caribenhas, no mês dedicado a elas.
Debates, exposições e apresentações culturais foram realizados em Salvador, São Paulo e Brasília. Um dos focos da programação foi a visibilidade das mulheres negras na comunicação.
O ponto alto do evento foi o lançamento do prêmio Jacira da Silva, nomeado em homenagem à primeira mulher presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal.
À frente da entidade entre 1995 e 1998, Jacira atuou pela diversidade e fundou a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial. Depois de receber a justa homenagem e distribuir os prêmios em seu nome, Jacira ressaltou o elo que une todas as laureadas.
“Essa comunicação vem dos tambores das nossas ancestrais que usaram o tambor para se comunicarem. Só no coletivo a gente cresce, a gente existe na nossas potencialidades.”
Uma das vencedoras foi a gerente da Agência Brasil, a agência pública de notícias da Empresas Brasil de Comunicação (EBC), Juliana Cézar Nunes, que ressaltou a felicidade e a responsabilidade de receber o prêmio.
“Pois eu sei da expectativa que ela tem em relação ao trabalho da comunicação pública para que a gente possa aprofundar essa cobertura jornalística sobre os direitos e as reivindicações da população negra brasileira.”
A entrega do prêmio Jacira da Silva foi precedida por um debate sobre a presença de mulheres negras nos veículos de comunicação. A mesa ressaltou a importância dessas mulheres para trazer outras perspectivas às histórias contadas pelos veículos de comunicação.
A apresentadora do telejornal Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, Luciana Barreto, participou do debate e reforçou como a representatividade estimula que mais mulheres negras queiram ocupar esses espaços.
“Eu venho de uma geração de uma televisão extremamente embranquecida. Todos nós fomos muito violados na nossa autoestima e das nossas possibilidades e nos nossos sonhos. Já nossa função à frente das telas, à frente dos jornais, à frente das grandes empresas, das universidades é falar para outros. É possível”.
Também receberam o prêmio Jacira da Silva, as jornalistas Basília Rodrigues, da CNN Brasil, e Maju Coutinho, da TV Globo. Na categoria Mídias Negras, foram premiadas a Revista Afirmativa, a agência de notícias Alma Preta, o Instituto Cultne, e os portais Mundo Negro, e Africanize. Todos esses veículos priorizam pautas ligadas à população negra brasileira em sua cobertura.
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