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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, na noite desta sexta-feira (6). Em nota, o presidente disse que era insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual e moral. As denúncias foram divulgadas pela imprensa.
Nesta sexta, em entrevista a uma rádio, Lula afirmou que não poderia permitir que se tenha esse tipo de comportamento no governo.
A Polícia Federal e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriram investigação sobre o fato.
O caso foi tornado público pelo site Metrópoles, que divulgou as denúncias da organização Me Too Brasil contra o ministro dos Direitos Humanos. Segundo a reportagem, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também teria sido uma das vítimas.
A Me Too Brasil confirmou que recebeu as queixas contra Silvio Almeida, mas que preserva a identidade das denunciantes.
Pelas redes, a ministra Anielle Franco divulgou nota pública em que diz que não é aceitável relativizar ou diminuir os episódios de violência. Disse ainda que reconhecer a gravidade e agir imediatamente é o correto. E ressaltou a ação contundente do presidente Lula e agradeceu manifestações de apoio.
O ministro nega as acusações. Em vídeo divulgado na quinta-feira (5), ele classifica as ilações como absurdas.
Nesta sexta-feira, Silvio Almeida pediu à Justiça que a Me Too esclareça – em 48 horas – uma série de questionamentos, como os procedimentos tomados durante as denúncias e os métodos de apuração.
O Ministério dos Direitos Humanos ainda divulgou nota dizendo que as acusações surgiram depois de a pasta não aceitar tentativas indevidas de interferência da Me Too Brasil na licitação para o serviço do Disque 100.
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