Grito dos Excluídos marca 30 anos em defesa dos direitos humanos

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Com o tema, “Vida em Primeiro Lugar! Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?”, as manifestações do Grito dos Excluídos e Excluídas, que esse ano completa 30 anos, reúne milhares de pessoas neste 7 de setembro, em várias cidades do interior, nas capitais e no Distrito Federal. 

O movimento é apoiado nacionalmente pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, entidades religiosas, movimentos sociais, políticos, de direitos humanos, sindicatos e sociedade civil. As mobilizações têm discursos em torno da defesa das garantias como trabalho, segurança alimentar e moradia para quem vive nas periferias e para o povo em situação de rua; do respeito à terra dos povos indígenas e quilombolas.  D. Pedro Luiz Stringhini, bispo da Diocese de Mogi das Cruzes, São Paulo destaca a importância da pluralidade de ideias se unir em torno de ideais comuns. 

Pautas como a violência no campo, violência contra a mulher, defesa da democracia e dos direitos trabalhistas também permearam os discursos. Dalva Monteiro que integra o Movimento Médicos pela Democracia reforça que neste ano eleitoral é preciso atenção para escolher quem está alinhado às pautas levantadas durante o Grito.

Na Região Nordeste, um dos destaques da programação ocorreu em Alagoas, onde os participantes do Grito caminharam até a região dos Flexais, em Maceió, para chamar atenção para o crime ambiental provocado pela mineradora Braskem. Já em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a concentração aconteceu na Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, seguida de caminhada pelas áreas atingidas pela enchente. No Estado de São Paulo, pelo menos 10 cidades sediaram edições da manifestação. A capital recebeu o maior público do país, onde milhares de pessoas se reuniram na praça da Sé. 

Em algumas capitais como Fortaleza, Manaus, Rio Branco e Boa Vista a organização optou por realizar os atos públicos no período da tarde, após o tradicional desfile de 7 de setembro. 

O primeiro Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema “A vida em primeiro lugar”, e mobilizou pessoas em 170 localidades. Surgido durante uma das edições da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, que tinha o tema “Fraternidade e Excluídos”, a manifestação se tornou ecumênica e foi abraçada também por vários segmentos da sociedade civil.

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