PORONGA – Gladson Cameli senta a primeira vez no banco dos réus no próximo dia 25

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Solta a vinheta!

 

 

Chegou o grande dia esperado pelo governador Gladson Dançarino Cameli.

 

Não, não é a inauguração de nenhuma grande obra.

Esse não é o forte dele.

 

Dançarino Cameli passou anos dizendo que queria a oportunidade de se defender das acusações de ser chefe de uma Organização Criminosa, que roubou dinheiro público.

 

O governador do Acre entrou para a história por o primeiro a ser réu no STJ por cinco crimes.

 

Ele é acusado de organização criminosa, peculato, corrupção nas modalidades ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.

Isso é o que podemos chamar de portfólio do crime.

 

A pena mínima para todos esses crimes é de 15 anos de cadeia.

 

Cinco meses depois ter sido transformado em réu pela Corte Especial do STJ, o Dançarino irá sentar no banco dos réus para prestar o seu depoimento.

Fato inédito na nossa história.

 

O depoimento está marcado para o próximo dia 25.

Uma sexta-feira.

Ele vai sextar diferente.

 

Será a chance para mostrar a sua inocência.

Coisa que até agora não fez o menor esforço.

 

A partir do dia 21, serão ouvidas mais de 30 testemunhas.

Os depoimentos serão em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Manaus, João Pessoa e São Paulo.

 

Dentre essas testemunhas está o pai do Dançarino Cameli, o senhor Eládio Cameli.

 

Consta no rol de testemunhas dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, secretários de Estado, empresários como Jarbas Soster, deputado, prefeito, vice-prefeito e até lideranças indígenas.

 

Muitas pessoas reclamam da morosidade da Justiça.

 

Mas, nesse caso, ela não está sendo tão morosa.

 

Dançarino Cameli virou réu em maio e já será escutado.

 

Quem conhece o processo gerado a partir da Operação Ptolomeu sabe que a sua situação não é confortável.

Elementos probatórios reforçam a convicção da sua culpa.

 

São provas muito robustas.

 

Esse movimento do processo chega em uma hora complicada no STJ.

 

O gabinete da ministra Nancy Andrighi está envolvido na denúncia de venda de sentença.

A ministra disse que o funcionário que fazia a negociação foi identificado e as medidas legais foram adotadas.

A corte precisa de um peixe grande bem fisgado.

 

Já se fala que envolvidos pretendem fazer delação premiadas.

Mas essa é outra história.

Continuo apostando que o Dançarino não chegará vivo politicamente para disputar o Senado em 2026.

Inelegibilidade é prêmio para chefe de organização criminosa.

O destino dessa gente teria que ser a cadeia.

 

Fui!

Vida que segue.

Um forte abraço e um cheiro do Rosas.

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